Reumatismo é o
nome popular dado ás doenças reumáticas. Muitas pessoas chamam de reumatismo
qualquer doença que provoque dores nas juntas e articulações das mãos, joelhos,
cotovelos e ombros. Segundo a literatura médica, o conceito de reumatismo vem a
abordar mais de 200 tipos diferentes de enfermidades de diferentes tipos, das
quais podem acometer qualquer órgão do organismo, não somente as articulações.
É um distúrbio
não silencioso cujos principais sintomas são:
·
Dor nas articulações, por período prolongado (+
de 6 semanas);
·
Dor acompanhada de vermelhidão;
·
Inchaço;
·
Calor ou dificuldade de movimentar as juntas
(especialmente no período da manhã);
·
Incapacidade física, temporária ou progreciva.
As doenças
reumáticas mais conhecidas são: osteoartrose, artrite reumatóide, osteoporose,
gota, lúpus, febre reumática, fibromialgia, tendinite, bursite e diversas
patologias que acontecem na coluna. Os termos “REUMATISMO” ou “DOENÇA
REUMATICA”, na realidade nada significam, pois não são diagnósticos. O medico
deve procurar identificar qual doença que cada paciente tem para tomar as
devidas providências de acordo coma a especificidade clinica do problema.
Na maioria dos
casos o tratamento é feito através da administração de drogas analgésicas e
antiinflamatórias, de injeções locais de corticosteróides (infiltração), de
medicamentos próprios para o controle. O tratamento ao reumatismo é garantido
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência aos pacientes com doenças
reumáticas inclui desde o fornecimento de medicamentos até a realização de
praticas integrativas (como acupuntura) associada à realização de exercícios
que devem ter indicação médica.
Estima-se que
15 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de doença reumática podendo
atingir indivíduos de qualquer idade. Uma vez que estas doenças enquadram-se
entre as principais caudas de incapacidade física e de afastamento temporário
ou definitivo do trabalho. Entre as doenças reumáticas, a artrite reumatóide,
somente entre 2010 e setembro de 2011, 33,852 pacientes foram internados em
decorrência da doença, com valor total empregado para o tratamento de
aproximadamente 24 milhões de reais.
DOENÇA REUMATICA X ATIVIDADE FÍSICA!
No decorrer
das ultimas décadas, diversos trabalhos vem sendo desenvolvidos no estudo do
papel da atividade física em doenças reumatologicas, com resultados positivos
em pacientes com osteoporose, osteoartrite, lúpos eritêmatoso sistêmico,
esclerose sistêmica, miopatias idiopáticas inflamatórias, fibromialgia, artrite
reumatóide dentre outras.
A eficácia de tal
medida ainda tem sido questionada por muitos estudiosos, embora de fato, há
evidências de que pacientes com artrite reumatóide adeptos de um programa de
exercícios físicos regulares apresentam menor freqüência de dor e de rigidez
articular e melhor desempenho em atividades da vida cotidiana quando comparados
com indivíduos pares inativos.
Os pacientes
reumatologicos pediátricos apresentam diversas manifestações clinicas, como
fadiga, dor crônica, rigidez, sinovite e deformidades articulares, que
predispõem o indivíduo a um estilo de vida sedentário. O mesmo papel cabe aos
pais, que tendem a superproteger seus filhos acometidos pelas doenças crônicas,
muitas vezes isolando-os do convívio social, predispondo-os ou reforçando a um
estilo de vida sedentário.
Mesmo diante
de uma doença ativa, estudos em adultos têm indicado que o exercício físico,
devidamente adaptado ao paciente, pode ser seguro e eficaz, por isso, não há
razão para acreditar que em crianças a resposta seja diferente.
Durante os
trabalhos de pesquisa de Gualano et al (2011), foram estudados diversos trabalhos relacionados a doenças
reumáticas e a atividade física em pacientes juvenis, relatando grande melhora
nos quadros, com redução de queixas de dor, melhora de mobilidade, dentre
outras valências como força dinâmica e isométrica, conseqüentemente resultando
numa melhora na qualidade de vida dos pacientes.
Por fim
GUALANO ET AL (2011) afirma “Tomando-se
como exemplo a literatura reumatológica adulta, sabe-se que o treinamento de
força de alta intensidade resulta em maiores ganhos de força e massa magra em
pacientes com miopatias idiopáticas inflamatórias, ao passo que o treinamento aeróbio de
baixa intensidade produz melhores resultados clínicos em pacientes
fibromiálgicos. Empiricamente,
tem-se recomendado o treinamento isométrico em detrimento do dinâmico, com o
intuito de evitar dano articular. Contudo, tal recomendação não encontra
embasamento científico; de fato, o segundo tipo de treinamento poderia ser até
mesmo superior ao primeiro no que tange ao desempenho funcional nas atividades
da vida diária. Portanto, devem-se explorar os tipos ideais de treinamento para
as doenças reumatológicas pediátricas, tendo em mente as manifestações clínicas
e as limitações funcionais inerentes a cada uma delas.[...] o treinamento
físico regular é capaz de atenuar a inflamação sistêmica em doenças crônicas. Os possíveis efeitos anti-inflamatórios do
exercício poderiam ser de grande valia em doenças reumatológicas pediátricas,
possivelmente reduzindo o número e/ou as doses de drogas imunossupressoras.
[...] Já existe um corpo de conhecimento suficiente para considerar o exercício
físico como agente terapêutico em doenças crônicas reumatológicas.”
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CREF 0222423 G/MG
Fontes:
Efeitos terapêuticos do treinamento físico em pacientes com doenças reumatológicas pediátricas - Rev. Bras. Reumatol. vol.51 no.5 São Paulo Sept./Oct. 2011 <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042011000500008&script=sci_arttext ; 25/05/2013 - 07:55>
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