O envelhecimento está ligado ao grupo de
alterações do desenvolvimento que ocorrem nos últimos anos de vida e está
associado a alterações profundas na composição corporal. Com a idade, há um
aumento na massa de gordura corporal, especialmente com o acúmulo de depósitos
de gordura na cavidade abdominal, e uma diminuição da massa corporal magra.
Essa diminuição ocorre basicamente como resultado das perdas da massa muscular
esquelética. Essa perda, relacionada à idade, foi denominada "sarcopenia"
(3). O desenvolvimento da sarcopenia é um processo multifatorial que inclui
inatividade física, unidade motora remodelada, nivelação de hormônio diminuído
e diminuição da síntese de proteína (TEIXEIRA, 2012).
Unicovsky (2004) define a sarcopenia como
perda de massa muscular associada a prejuízos de função. Esta decorrente de
diversos fatores, como distúrbios da inervação, diminuição da atividade física,
envelhecimento, anormalidades metabólicas (especialmente em proteínas,
carboidratos e lipídios), além de alterações na ativação das células-satélite.
A sarcopenia estabelece seus sintomas
principalmente em indivíduos fisicamente inativos, mas também é vista em
sujeitos que permanecem fisicamente ativos ao longo de suas vidas, com isso
corroboram fatores pertinentes à saúde pública. Diversos autores verificaram
que o treinamento de força pode minimizar ou retardar o processo de sarcopenia
para obter significantes respostas neuromusculares (hipertrofia muscular e
força muscular), por meio do aumento da capacidade contrátil dos músculos
esqueléticos (TEIXEIRA, 2012).
Teixeira (2012) acrescenta, estudos
epidemiológicos sugerem que diferentes fatores contribuem para o
desenvolvimento da sarcopenia, incluindo alterações hormonais, perda de
neurônios motores, nutrição inadequada, inatividade física e baixo grau de
inflamação crônica. Essas alterações têm sido apresentadas até mesmo em
indivíduos saudáveis, fisicamente ativos, resultando em perda da massa muscular
de, aproximadamente, 1% a 2% por ano, a partir dos 50 anos de idade.
O diagnóstico de sarcopenia pode ser
realizado por diversos métodos, como ressonância nuclear magnética, tomografia
computadorizada, bioimpedância, ultrassonografia, densitometria óssea corporal
total e medidas antropométricas. Um método muito utilizado é a densitometria,
que permite a avaliação da composição corporal, massa óssea, massa magra e
massa adiposa total. As medidas antropométricas propostas por Ashwell também
têm sido utilizadas para avaliar a sarcopenia, empregando a relação cintura-quadril
(UNICOVSKY,2004).
A diminuição da força e da potência do
músculo pode influenciar na autonomia, no bem-estar e na qualidade de vida dos
idosos (TEIXEIRA, 2012).
As diversas condições que levam à perda
de massa muscular envolvem distintas cascatas de sinalização intracelular que
podem levar à morte celular programada (apoptose), ao aumento da degradação
proteica ou ainda à diminuição da ativação das células-satélite responsáveis
pela regeneração muscular .
A maior parte do conhecimento sobre esses mecanismos é derivada de estudos em
modelos experimentais de atrofia, como modelo de denervação, suspensão da pata,
desuso, jejum, diabetes mellitus e câncer, bem como estudos em biópsias
de músculo em pacientes voluntários (UNICOVSKY,2004).
A
sarcopenia é o resultado do desequilíbrio entre degradação e síntese de
proteínas, embora aparentemente a exata contribuição de cada um desses fatores
seja variável conforme o modelo estudado. Alguns sistemas proteolíticos têm
sido descritos como participantes na degradação muscular. Entre eles, podem ser
citados o processo de autofagia, as proteases ativadas por cálcio, como a
calpaína e as caspases, e o sistema ubiquitina-proteossomo (Figura
1) (UNICOVSKY,2004).
“A
chave para deter o processo de Sarcopenia é baseada no binômio alimentação-atividade
fisica. A alimentação deve ser balanceada com todos os nutrientes essenciais.
Contudo, particularmente os idosos, estão, com frequência, sob risco aumentado
de Sarcopenia, sendo comum não atingirem as cotas nutricionais preconizadas. Nesses
casos, é essencial o uso de suplementos balanceados” (Rangel,2011
Disponível em http://www.infoescola.com/saude/sarcopenia/ acessado em24/09/11 as 11:46).
Bibligrafia:
UNICOVSKY,
Margarita Ana Rubin. Idoso com sarcopenia: uma abordagem do cuidado
da enfermeira. Rev. bras. enferm. [online]. 2004, vol.57, n.3, pp.
298-302. ISSN 0034-7167. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672004000300008&lang=pt>
acessado em 24/09/12 as 10:57.
TEIXEIRA, Vivian de Oliveira Nunes;
FILIPPIN, Lidiane Isabel and XAVIER, Ricardo Machado. Mecanismos
de perda muscular da sarcopenia. Rev. Bras. Reumatol. [online].
2012, vol.52, n.2, pp. 252-259. ISSN 0482-5004. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0482-50042012000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>
acessado em 24/09/12 as 11:03.
RANGEL, Natália. Sarcopenia. Site Info Escola [online]. 2011 Disponível em<
http://www.infoescola.com/saude/sarcopenia/>
acessado em24/09/11 as 11:46.
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