terça-feira, 18 de setembro de 2012

Victoza - O que esta sendo dito na midia!


O que você faz quando quer se livrar dos quilinhos extras? Para grande parte dos brasileiros (120 milhões de pessoas acima do peso, de acordo com pesquisa de 2010 realizada pelo Vigitel, sistema de pesquisa do Ministério da Saúde), a resposta é: tomar remédios para emagrecer. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenta controlar o consumo desenfreado. Em 2009, foram vendidas cerca de dez toneladas dessas substâncias, segundo dados do próprio órgão, que recentemente proibiu a venda de três medicamentos derivados da anfetamina e criou uma nova regulamentação, mais rígida, para o uso da sibutramina. Agora, porém, os holofotes estão sobre o Victoza, remédio injetável empregado no tratamento de diabetes do tipo 2, cujo princípio ativo, a liraglutida, ajuda a regular a produção dos hormônios insulina e glucagon.  

Quem pode tomar? Inicialmente, a ANVISA e o FDA (Food and Drug Administration) só aprovam a medicação para pacientes portadores de diabetes mellitus.  

A ação do Victoza em nosso organismo O liraglutide, substância presente no Victoza, age no organismo da mesma forma que um hormônio chamado glucagon-like peptídeo (GLP-1), naturalmente produzido pelo corpo de pessoas saudáveis. "Essa substância estimula as células beta do pâncreas a produzirem insulina e balancear o índice glicêmico. Nas pessoas com diabetes, a produção de insulina é deficiente", explica o endocrinologista Gregório Lima de Souza, do Centro de Pesquisa em Diabetes da Unesp. Existem outras funções mais específicas, como preservar as células pancreáticas produtoras de insulina para retardar e até evitar a falência do pâncreas de um indivíduo diabético.

Outra diferença entre o hormônio produzido pelo organismo e o seu primo artificial está na duração do efeito: enquanto o Victoza tem ação prolongada por até 24 horas, o GLP-1 (liraglutide) age durante três minutos. Daí a sensação de saciedade que os pacientes usados como cobaia do remédio estão comemorando, apesar dos efeitos colaterais relatados - náuseas, vômitos, diarreia e cefaleia. Os efeitos a longo prazo ainda não foram identificados em pesquisa, tampouco foram analisados os riscos relacionados ao uso do medicamento por pessoas que não sofrem de diabetes. As descobertas obtidas na prática clínica, no entanto, andam instigando os especialistas. A Abeso explica que está sendo desenvolvido um estudo, previsto para ser finalizado em um ano, capaz de provar se o medicamento realmente pode ser usado contra obesidade sem riscos de efeitos colaterais graves. Uma avaliação preliminar, feita com cerca de 6.500 pessoas de diferentes países, mostrou que a prescrição do medicamento, aliada à reeducação alimentar, provoca a perda média de 7kg em cinco meses.