segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Esportes radicais e a Adrenalina: como o seu corpo reage





                O fascínio do homem moderno pelos esportes radicais vem das sensações experimentadas pela ação da adrenalina em nosso corpo. Desde os primórdios nossos antepassados experimentavam esta sensação durante a caça e outras atividades diárias, visando sua sobrevivência no mundo feroz. Com o passar dos tempos, o avanço das tecnologias, da organização social, e a maior restrição de nossas atividades, tivemos de buscar outros meios de estimular a adrenalina. Muitos se tornaram adeptos de “Esportes de Ação”, devido a sensação de liberdade e realização gerada pela prática. Podemos citar inúmeros esportes de ação, Esportes radicais: Slack-line, skate, paraquedismo, surf, moto cross, paraglider, bungee-jump, rafiting, base jump, escalada, vôo livre, corrida de aventura, rappel, arvorismo, montain bike, mergulho dentre outras muitas modalidades.
           

            Chamada de Epinefrina, a adrenalina é um hormônio secretado pelas glândulas supra-renais. Pertence ao grupo das catecolaminas, substâncias que atuam sobre o sistema nervoso simpático, provocando diferentes efeitos no organismo. Num primeiro momento, a situação de risco provoca a reação de “fuga ou alerta”, e o corpo prepara-se para produzir a máxima quantidade de energia para fugir com as máximas garantias de sucesso.
1.                            Percepção da situação de perigo ou risco. Primeiro os sentidos (audição, visão, olfato, principalmente) captam a situação de perigo e enviam sinais ao cérebro.
2.       As informações chegam ao Tálamo, no cérebro, e este passa sinais ao hipocampo e a uma zona cerebral chamada amígdala. Também passa ao córtex cerebral e a uma glândula chamada hipófise, que secreta o hormônio do estresse. O córtex desenha, então, a sua estratégia defensiva.
3.                           A adrenalina, i cortisol, a noradrenalina e o ACTH (hormônio adrenocorticotropina) secretados informam aos órgãos sobre o perigo:
          Uma série de alterações começam a ocorrer:
Ø  Aumentam os batimentos cardíacos: de 65-75 BPM até 190-220 BPM;
Ø  As pupilas dilatam para que você tenha uma visão melhor;
Ø  A concentração de glicose no sangue aumenta. O cortisol liberado transforma o glicogênio armazenado em glicose, para que o corpo tenha energia suficiente para fugir;
Ø  A pressão arterial aumenta;
Ø  A freqüência respiratória aumenta. A respiração fica mais rápida e menos profunda;
Ø  Aumenta a tensão muscular, para que os músculos possam ser ativados imediatamente;
Ø  Aumenta a transpiração;
Ø  Os músculos da bexiga e reto relaxam;
Ø  A digestão para, para que o sangue seja desviado para os músculos;
Ø  Pode estimular o cérebro, para que produza dopamina, hormônio responsável pela sensação de bem estar, podendo criar dependência.




terça-feira, 23 de outubro de 2012

SARCOPENIA



O envelhecimento está ligado ao grupo de alterações do desenvolvimento que ocorrem nos últimos anos de vida e está associado a alterações profundas na composição corporal. Com a idade, há um aumento na massa de gordura corporal, especialmente com o acúmulo de depósitos de gordura na cavidade abdominal, e uma diminuição da massa corporal magra. Essa diminuição ocorre basicamente como resultado das perdas da massa muscular esquelética. Essa perda, relacionada à idade, foi denominada "sarcopenia" (3). O desenvolvimento da sarcopenia é um processo multifatorial que inclui inatividade física, unidade motora remodelada, nivelação de hormônio diminuído e diminuição da síntese de proteína (TEIXEIRA, 2012).
Unicovsky (2004) define a sarcopenia como perda de massa muscular associada a prejuízos de função. Esta decorrente de diversos fatores, como distúrbios da inervação, diminuição da atividade física, envelhecimento, anormalidades metabólicas (especialmente em proteínas, carboidratos e lipídios), além de alterações na ativação das células-satélite.



A sarcopenia estabelece seus sintomas principalmente em indivíduos fisicamente inativos, mas também é vista em sujeitos que permanecem fisicamente ativos ao longo de suas vidas, com isso corroboram fatores pertinentes à saúde pública. Diversos autores verificaram que o treinamento de força pode minimizar ou retardar o processo de sarcopenia para obter significantes respostas neuromusculares (hipertrofia muscular e força muscular), por meio do aumento da capacidade contrátil dos músculos esqueléticos (TEIXEIRA, 2012).


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Dor Muscular Tardia - DMS



A dor muscular tardia se manifesta em casos onde o indivíduo exerce uma carga de exercício muscular vigoroso sem ter o necessário preparo físico; inicia uma atividade física; ou reinicia, mas com intensidade maior do que o habitual (ARAGUAIA, Sem Data).

Existem varias teorias sobre os possíveis mecanismos do surgimento da Dor muscular Tardia. Como por exemplo, retenção de líquido nos tecidos ao redor das fibras musculares e alteração na concentração do cálcio intramuscular (Guedes, 2005). Acreditava-se que o aumento da concentração de lactato era o fator responsável por estes eventos, já que suas concentrações aumentam durante o exercício vigoroso. Entretanto, sabe-se hoje que, aproximadamente uma hora e meia depois dos exercícios, suas concentrações já se encontram normais (ARAGUAIA, s. d.). Porem atualmente a mais estudada é a de que ocorrem microlesões nas miofibrilas seguida de inflamação resultando dor (NASCIMENTO et al,2007).



 Os músculos lesionados têm como característica ficarem rígidos e sensíveis ao toque, a amplitude de movimento é reduzida, a capacidade de gerar força não é reduzida porem os aspectos psicológicos da dor faz com que o indivíduo não consiga alcançar seu desempenho máximo. (NASCIMENTO et al, 2007).

Laurino (2010), acrescenta que as contrações musculares excêntricas, presentes nos movimentos como descer escadas, corridas em descidas, aterrissagem de saltos são aqueles mais relacionados às lesões musculares desencadeantes da DMT. Em resumo, a série de eventos que ocasionam a DMT segue como:
1 – Sobrecarga muscular geralmente após exercícios excêntricos.
2 – Ruptura das unidades contráteis das fibras musculares,
3 – Resposta inflamatória,
4 – Estimulação dos receptores de dor.