terça-feira, 23 de outubro de 2012

SARCOPENIA



O envelhecimento está ligado ao grupo de alterações do desenvolvimento que ocorrem nos últimos anos de vida e está associado a alterações profundas na composição corporal. Com a idade, há um aumento na massa de gordura corporal, especialmente com o acúmulo de depósitos de gordura na cavidade abdominal, e uma diminuição da massa corporal magra. Essa diminuição ocorre basicamente como resultado das perdas da massa muscular esquelética. Essa perda, relacionada à idade, foi denominada "sarcopenia" (3). O desenvolvimento da sarcopenia é um processo multifatorial que inclui inatividade física, unidade motora remodelada, nivelação de hormônio diminuído e diminuição da síntese de proteína (TEIXEIRA, 2012).
Unicovsky (2004) define a sarcopenia como perda de massa muscular associada a prejuízos de função. Esta decorrente de diversos fatores, como distúrbios da inervação, diminuição da atividade física, envelhecimento, anormalidades metabólicas (especialmente em proteínas, carboidratos e lipídios), além de alterações na ativação das células-satélite.



A sarcopenia estabelece seus sintomas principalmente em indivíduos fisicamente inativos, mas também é vista em sujeitos que permanecem fisicamente ativos ao longo de suas vidas, com isso corroboram fatores pertinentes à saúde pública. Diversos autores verificaram que o treinamento de força pode minimizar ou retardar o processo de sarcopenia para obter significantes respostas neuromusculares (hipertrofia muscular e força muscular), por meio do aumento da capacidade contrátil dos músculos esqueléticos (TEIXEIRA, 2012).


Teixeira (2012) acrescenta, estudos epidemiológicos sugerem que diferentes fatores contribuem para o desenvolvimento da sarcopenia, incluindo alterações hormonais, perda de neurônios motores, nutrição inadequada, inatividade física e baixo grau de inflamação crônica. Essas alterações têm sido apresentadas até mesmo em indivíduos saudáveis, fisicamente ativos, resultando em perda da massa muscular de, aproximadamente, 1% a 2% por ano, a partir dos 50 anos de idade.
O diagnóstico de sarcopenia pode ser realizado por diversos métodos, como ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada, bioimpedância, ultrassonografia, densitometria óssea corporal total e medidas antropométricas. Um método muito utilizado é a densitometria, que permite a avaliação da composição corporal, massa óssea, massa magra e massa adiposa total. As medidas antropométricas propostas por Ashwell também têm sido utilizadas para avaliar a sarcopenia, empregando a relação cintura-quadril (UNICOVSKY,2004).
A diminuição da força e da potência do músculo pode influenciar na autonomia, no bem-estar e na qualidade de vida dos idosos (TEIXEIRA, 2012).


 
As diversas condições que levam à perda de massa muscular envolvem distintas cascatas de sinalização intracelular que podem levar à morte celular programada (apoptose), ao aumento da degradação proteica ou ainda à diminuição da ativação das células-satélite responsáveis pela regeneração muscular . A maior parte do conhecimento sobre esses mecanismos é derivada de estudos em modelos experimentais de atrofia, como modelo de denervação, suspensão da pata, desuso, jejum, diabetes mellitus e câncer, bem como estudos em biópsias de músculo em pacientes voluntários (UNICOVSKY,2004).
A sarcopenia é o resultado do desequilíbrio entre degradação e síntese de proteínas, embora aparentemente a exata contribuição de cada um desses fatores seja variável conforme o modelo estudado. Alguns sistemas proteolíticos têm sido descritos como participantes na degradação muscular. Entre eles, podem ser citados o processo de autofagia, as proteases ativadas por cálcio, como a calpaína e as caspases, e o sistema ubiquitina-proteossomo (Figura 1) (UNICOVSKY,2004).     


A chave para deter o processo de Sarcopenia é baseada no binômio alimentação-atividade fisica. A alimentação deve ser balanceada com todos os nutrientes essenciais. Contudo, particularmente os idosos, estão, com frequência, sob risco aumentado de Sarcopenia, sendo comum não atingirem as cotas nutricionais preconizadas. Nesses casos, é essencial o uso de suplementos balanceados” (Rangel,2011 Disponível em http://www.infoescola.com/saude/sarcopenia/ acessado em24/09/11 as 11:46).


Bibligrafia:
UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. Idoso com sarcopenia: uma abordagem do cuidado da enfermeira. Rev. bras. enferm. [online]. 2004, vol.57, n.3, pp. 298-302. ISSN 0034-7167. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672004000300008&lang=pt> acessado em 24/09/12 as 10:57.

TEIXEIRA, Vivian de Oliveira Nunes; FILIPPIN, Lidiane Isabel  and  XAVIER, Ricardo Machado. Mecanismos de perda muscular da sarcopenia. Rev. Bras. Reumatol. [online]. 2012, vol.52, n.2, pp. 252-259. ISSN 0482-5004. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0482-50042012000200009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt> acessado  em 24/09/12 as 11:03.

RANGEL, Natália. Sarcopenia.  Site Info Escola [online]. 2011 Disponível em< http://www.infoescola.com/saude/sarcopenia/> acessado em24/09/11 as 11:46.


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