sexta-feira, 7 de junho de 2013

“REUMATISMO”, Entendendo um pouco mais...



Reumatismo é o nome popular dado ás doenças reumáticas. Muitas pessoas chamam de reumatismo qualquer doença que provoque dores nas juntas e articulações das mãos, joelhos, cotovelos e ombros. Segundo a literatura médica, o conceito de reumatismo vem a abordar mais de 200 tipos diferentes de enfermidades de diferentes tipos, das quais podem acometer qualquer órgão do organismo, não somente as articulações.
É um distúrbio não silencioso cujos principais sintomas são:
·         Dor nas articulações, por período prolongado (+ de 6 semanas);
·         Dor acompanhada de vermelhidão;
·         Inchaço;
·         Calor ou dificuldade de movimentar as juntas (especialmente no período da manhã);
·         Incapacidade física, temporária ou progreciva.
As doenças reumáticas mais conhecidas são: osteoartrose, artrite reumatóide, osteoporose, gota, lúpus, febre reumática, fibromialgia, tendinite, bursite e diversas patologias que acontecem na coluna. Os termos “REUMATISMO” ou “DOENÇA REUMATICA”, na realidade nada significam, pois não são diagnósticos. O medico deve procurar identificar qual doença que cada paciente tem para tomar as devidas providências de acordo coma a especificidade clinica do problema.
Na maioria dos casos o tratamento é feito através da administração de drogas analgésicas e antiinflamatórias, de injeções locais de corticosteróides (infiltração), de medicamentos próprios para o controle. O tratamento ao reumatismo é garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência aos pacientes com doenças reumáticas inclui desde o fornecimento de medicamentos até a realização de praticas integrativas (como acupuntura) associada à realização de exercícios que devem ter indicação médica.
Estima-se que 15 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de doença reumática podendo atingir indivíduos de qualquer idade. Uma vez que estas doenças enquadram-se entre as principais caudas de incapacidade física e de afastamento temporário ou definitivo do trabalho. Entre as doenças reumáticas, a artrite reumatóide, somente entre 2010 e setembro de 2011, 33,852 pacientes foram internados em decorrência da doença, com valor total empregado para o tratamento de aproximadamente 24 milhões de reais.



DOENÇA REUMATICA X ATIVIDADE FÍSICA!
No decorrer das ultimas décadas, diversos trabalhos vem sendo desenvolvidos no estudo do papel da atividade física em doenças reumatologicas, com resultados positivos em pacientes com osteoporose, osteoartrite, lúpos eritêmatoso sistêmico, esclerose sistêmica, miopatias idiopáticas inflamatórias, fibromialgia, artrite reumatóide dentre outras.
A eficácia de tal medida ainda tem sido questionada por muitos estudiosos, embora de fato, há evidências de que pacientes com artrite reumatóide adeptos de um programa de exercícios físicos regulares apresentam menor freqüência de dor e de rigidez articular e melhor desempenho em atividades da vida cotidiana quando comparados com indivíduos pares inativos.
Os pacientes reumatologicos pediátricos apresentam diversas manifestações clinicas, como fadiga, dor crônica, rigidez, sinovite e deformidades articulares, que predispõem o indivíduo a um estilo de vida sedentário. O mesmo papel cabe aos pais, que tendem a superproteger seus filhos acometidos pelas doenças crônicas, muitas vezes isolando-os do convívio social, predispondo-os ou reforçando a um estilo de vida sedentário.
Mesmo diante de uma doença ativa, estudos em adultos têm indicado que o exercício físico, devidamente adaptado ao paciente, pode ser seguro e eficaz, por isso, não há razão para acreditar que em crianças a resposta seja diferente.
Durante os trabalhos de pesquisa de Gualano et al (2011), foram estudados  diversos trabalhos relacionados a doenças reumáticas e a atividade física em pacientes juvenis, relatando grande melhora nos quadros, com redução de queixas de dor, melhora de mobilidade, dentre outras valências como força dinâmica e isométrica, conseqüentemente resultando numa melhora na qualidade de vida dos pacientes.
Por fim GUALANO ET AL (2011) afirma “Tomando-se como exemplo a literatura reumatológica adulta, sabe-se que o treinamento de força de alta intensidade resulta em maiores ganhos de força e massa magra em pacientes com miopatias idiopáticas inflamatórias, ao passo que o treinamento aeróbio de baixa intensidade produz melhores resultados clínicos em pacientes fibromiálgicos. Empiricamente, tem-se recomendado o treinamento isométrico em detrimento do dinâmico, com o intuito de evitar dano articular. Contudo, tal recomendação não encontra embasamento científico; de fato, o segundo tipo de treinamento poderia ser até mesmo superior ao primeiro no que tange ao desempenho funcional nas atividades da vida diária. Portanto, devem-se explorar os tipos ideais de treinamento para as doenças reumatológicas pediátricas, tendo em mente as manifestações clínicas e as limitações funcionais inerentes a cada uma delas.[...] o treinamento físico regular é capaz de atenuar a inflamação sistêmica em doenças crônicas. Os possíveis efeitos anti-inflamatórios do exercício poderiam ser de grande valia em doenças reumatológicas pediátricas, possivelmente reduzindo o número e/ou as doses de drogas imunossupressoras. [...] Já existe um corpo de conhecimento suficiente para considerar o exercício físico como agente terapêutico em doenças crônicas reumatológicas.”


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Prof. Diego Peixoto
CREF 0222423 G/MG

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